Noite vinho e lábios ressentidos e descender. Ele em busca de ingredientes ambiente. Agora. Quando.
É preciso delicadeza às pitadas de temperos. Existem medidas calculadas para algumas receitas, o ponto não estragado no gesto. Então a colher de chá encosta-se nalgum canto da pia e assiste a concavidade das mãos. Minguado médio maior entre dedos na pele dobrada. Natural tessitura.
Além, o secreto genuíno hoje.
Há mãos em dedos e dedos em mãos e ritmos incidentais no capricho dos sabores. O pedestal imaginário. A ilusão e o sentido e a equação entre cor e forma e o bendito que se proclama. Harmonia entre fome e sede e ânsia e a gravidade nos movimentos uniformes e variados. Acarinham-se as queixas e os cansaços nos glóbulos de cada um aos seus acontecidos e alentos e desenganos pedestres nos corredores do tempo.
Logo invento desponta.
De casca a casca roçar e soar aos ombros menos curvados do toque de alvorada ao de recolher. Pasta. Molho. Cebolas. Corta bem fininho, cuidado com a faca, e não esfregue os olhos. Ao arder. Água fria, meu bem.
E ele busca o vinho e o limão para o drinque, mais queijo ralado e mais... Vai à frente da preguiça ou da fome esquecida da poesia. E sabe lá que bicho pode vir daqui a pouco quando ela acordar olhos-de-boi engrossados e agravados por contar com.
Tem fomes em fomes e fomes e fomes na gente.
E vaza o haver de menos no talho das cebolas. Lembra? Lembra, lembra. Daí leva o telefone, já que de orelhões ou gentilezas, carência. Ah, e também o guarda-chuva em caso que. Afinal, dorme leviandade em prenúncio de. Aguaçal.
E à fúria repentina, agora é mais.
(...)
É...? Tá, então vai sem, ei, olha, vais perder o elevador.
(...)
É. O apetite berra montanhoso, vai logo.
(...)
Ah, lembrei...
(...)
Já foi. Às cebolas, então.
E agora era. E agora sendo.